8 de novembro de 2010

Estamira - uma história para refletir


“Passeando” por alguns blogs vi uma mensagem muito bonita e fui pesquisar de quem se tratava a pessoa que a escreveu. Então conheci Estamira (esta da imagem), uma senhora de 63 anos que vive do lixo no Aterro de Gramacho, na Rio-Santos. Marcos Prado, cineasta fez um documentário (no You Tube há um trailer) sobre esta mulher que é atormentada por distúrbios mentais, tem três filhos, dois deles criados com aquilo que encontra no lixão.
Uma análise sobre o documentário fala que o cineasta conheceu Estamira fazendo fotos no aterro. Com a personagem ideal para retratar o descaso da sociedade com o lixo e com as pessoas que vivem dele, o filme nos leva a entrar na história de vida e da loucura de Estamira.
Ela foi levada a um prostíbulo pelas mãos do avô, aos 12 anos. Saída de lá aos 17 para casar-se, passou a ser traída pelo marido, após um breve período de estabilidade. Por meio de um novo casamento, foi parar no Rio de Janeiro. O novo marido, com quem teve o segundo filho, além de também a trair, a fez internar em um hospício a própria mãe, também doente mental. Depois de intensas brigas com o marido, saiu de casa e sua primeira providência foi tirar a mãe do Hospital Pedro II, sanatório psiquiátrico reconhecido, até os anos 80, pelos maus tratos a seus pacientes. Foi, ainda, estuprada pelo menos duas vezes.
Depois disso tudo, passou a ter seus delírios. A mente parece ter encontrado uma trajetória de escape pelas alucinações.Sua grande revolta é contra Deus e a religião.
Uma história que nos faz refletir sobre os nossos conceitos. Quantos rejeitados como o lixo, encontram neste mesmo lixo, o seu sustento, o seu mundo.
" O lixo que você descarta é o pão de seu semelhante".

Até mais!

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