18 de março de 2011

Artigo: Todos querem ser verdes


Publico aqui o artigo de autoria de André Spohr Senger, diretor da empresa REVERSE - Gerenciamento de Resíduos Tecnológicos, localizada na minha cidade natal, Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.
O texto nos faz repensar o conceito verde e nos manter alertas para os rótulos impostos pela grande mídia, mas que nem sempre são aquilo o que dizem ser.
Confira!
Até mais!

Todos querem ser verdes
As prateleiras dos supermercados oferecem em quantidade cada vez maior produtos que se vendem como “verdes”, “sustentáveis” e “eco”. Estas denominações são frutos de uma tendência na qual além do produto, são expostos os valores da marca e sua preocupação com os bens comuns a todos, entre eles o meio ambiente.
Atualmente o consumidor possui mais ferramentas para decidir que produtos comprar, devido ao fácil acesso às informações e a interação com as marcas através da internet, principalmente. Já foi o tempo que as empresas tinham o controle absoluto do uso das suas marcas. Hoje se sabe muito mais das empresas e suas atividades, e por contrapartida, estas possuem novas formas de contato com o consumidor final.
De volta ao supermercado, a partir dessa facilidade de comunicação, o consumidor tem condições de verificar as práticas ambientais do fabricante, ou seja, o que está por trás do rótulo “verde”. Para ser “verde” de verdade, é necessária a adoção de práticas sustentáveis em todas as atividades da empresa, como: gerenciamento adequado de resíduos gerados no ciclo produtivo; redução da extração de recursos naturais para fabricação dos produtos; adequação às normas ambientais, como a ISO 14001; redução do consumo de energia; redução da emissão de CO²; aquisição de matéria prima de origem comprovada, entre muitas outras. Colocar “sustentável” nas embalagens é fácil, difícil é demonstrar com transparência as ações que as tornam sustentáveis.
Um exemplo claro de empresas “verdes” no dia-a-dia da Reverse, é quando lemos notícias relacionadas ao descarte de lixo eletrônico por intermédio de “reciclagem”. Com a facilidade de obter informações pela internet, conseguimos em poucos minutos identificar qual o destino final dos resíduos. Na grande maioria dos casos, o destino dado pelas empresas contratadas para o serviço é ambientalmente inadequado.
O “verde” muitas vezes está nos rótulos para persuadir, não para conscientizar! A nosso ver, ser sustentável nada mais é que tratar o meio ambiente da maneira séria, como sempre deveria ser feito.

André Spohr Senger – Administrador de Empresa

Um comentário:

  1. Simone, bem interessante esse texto, pois esse assunto não pode ser algo superficial. Precisamos de iniciativas realmente consistentes nessa área. Também a conscientização e sensibilidação das pessoas é muito importante, pois do contrário corre o risco de ser apenas mais um modismo, uma "onda verde" momentânea e fugaz. Grande abraço, Maria da Graça Vieira

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